quarta-feira, 26 de março de 2014

Credé ou não Credé? Eis a questão!

Há um tempo participei de um bate-papo com uma gestante que estou acompanhando e em certo momento da conversa nos deparamos com o assunto “Método de Credé” (o famoso colírio que é administrado no recém-nascido logo após o nascimento) com o grande questionamento da necessidade e OBRIGATORIEDADE do método. Pensando nesta conversa decidi escrever este post, espero conseguir ABRIR OS OLHOS de vocês para o assunto.


Boa leitura:

Em atualizações feitas em 2011 o Governo Federal Brasileiro divulgou a listagem das doenças sexualmente transmissíveis de maior recorrência no Brasil, sendo elas: Sífilis, Gonorreia, Clamídia, Herpes Genital, HPV e HIV. Em uma explicação bem rápida e sucinta o site do Governo Federal expõe as doenças chaves desta discussão da seguinte forma:

“Clamídia e Gonorreia – Duas das mais comuns DSTs existentes no Brasil, essas doenças são infecções causadas por bactérias. Ambas são transmitidas por meio de relações sexuais sem camisinha. Atacam os órgãos genitais femininos e masculinos e, quando não tratadas, podem causar infertilidade e dor durante as relações sexuais, entre outros danos. A gonorreia pode infectar o colo do útero, o reto (canal anal), o pênis, a garganta e os olhos. A clamídia é comum entre jovens adultos e adolescentes e causa problemas como corrimento e ardor ao urinar.” (Portal Brasil, 2011)

Mas, além dos agravos à saúde dos adultos contaminados, ambas as doenças podem acometer os recém-nascidos com uma doença denominada Oftalmia Neonatal. A oftalmia causada pela Clamídia pode levar à otite e pneumonia, em geral ocorre entre o 3° e 10° dia de vida causando uma secreção com pus nos olhos do bebê e vermelhidão no tecido que envolve o olho internamente; enquanto a causada por Gonorreia pode levar à cegueira, surge entre o 3° e 5 ° dia de vida gerando inchaço de pálpebras, secreção com pus, podendo causar feridas e perfuração da córnea além de outros agravos. 

A prevenção destas doenças foi alcançada através do denominado “Método de Credé”, que consiste em pingar 1 gota de Nitrato de Prata 1% em cada olho em no máximo 1h após o nascimento. O Nitrato de Prata age causando uma conjuntivite química, levando a uma resposta INFLAMATÓRIA (sim, gera dor, desconforto e um trauma enorme por mal chegar ao mundo e estar sendo recepcionado com procedimentos tão agressivos, além de nem se quer poder olhar para a sua mãe, pois estará com a resposta visual diminuída pelo efeito do Nitrato) com efeito antibiótico secundário.

A incidência destas duas DST’s têm sido alarmante desde meados de 1970, o Governo de São Paulo, diante de tantos agravos aos nascidos contaminados, preconizaram a prevenção destas oftalmias através do Método de Credé como instituído no Decreto n° 9713 de 19/04/1977, decreto este que coloca a obrigatoriedade do método nos recém-nascidos com a responsabilização do profissional que acompanha o parto bem como pelo o diretor clínico em caso de partos hospitalares. O que adoro é ver que se lê o artigo sem dar a mínima importância aos parágrafos 1 e 2:

§ 1.º - Somente por determinação médica poderá deixar de ser feita a instilação do colírio.

§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, o médico fornecerá o atestado correspondente à direção do Hospital, em caso de parto hospitalar, ou ao responsável pelo recém-nascido, em caso de parto domiciliário.” (JusBrasil).

Ou seja, quando o médico ou o profissional que fez o parto diz que o Método de Credé é lei ele não está mentindo, mas está ocultando a parte que o coloca com o poder de avaliar e determinar a necessidade do método para cada caso. A argumentação de que “Preciso fazer pois é lei” só deixa mais evidente o processo rotineiro da assistência ao recém-nascido, bem como ao parto. Além da falta de interesse por parte do profissional em ter o cuidado minucioso de avaliar cada caso, o que é muito fácil pois basta avaliar dois fatores: 

1° = Nasceu de parto normal ou de cirurgia cesariana? Se for cesariana NÃO precisa de Credé, pois a contaminação se dá através do contato com as secreções genitais presentes no canal de parto.

2° = Se for de parto normal, a mulher está contaminada com Gonorreia ou Clamídia? Se negativo NÃO precisa realizar a prevenção.

Para saber se você está contaminada é necessário realizar um exame onde as secreções do ânus e vagina serão coletadas com o uso de um cotonete de Itu e enviadas para análise laboratorial.

Como não estamos no país das maravilhas humanizadas, apenas saber disto não é o suficiente, aconselha-se que você redija o seu Plano de Parto colocando o “Método de Credé “ como procedimento não aceito, para respaldo anexe uma cópia do resultado do exame e leve a original separadamente.


Lembre-se que no Plano de Parto pode estar descrito os procedimentos que aceita serem realizados em você e em seu bebê e que de acordo com Parágrafo V, Capítulo III do Artigo 10 da Portaria N°1.020 de 29 de Maio de 2013 está adotada a Contemplação do Plano de Parto em serviços hospitalares, portanto é um documento válido e respaldado por lei. Caso esteja com muita dúvida sobre como elaborar o seu Plano de Parto conte conosco, estaremos mais que prontos para ajudá-la.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Como saber se estou em trabalho de parto?

Muitas, muitas e muitas gestantes têm essa mesma dúvida, principalmente aquelas que estão esperando o primeiro bebê. Afinal como ter certeza que é trabalho de parto? 
Antes disso, tem uma pergunta ainda mais importante: o que é o trabalho de parto? Basicamente é a presença de contrações uterinas com intervalos regulares, que aumentam de intensidade e frequência de acordo com a progressão do tempo, somado a isso também ocorre o esvaecimento e a dilatação do colo uterino.

Imagine o útero como uma garrafa pet e o colo como o bico dessa garrafa; existem dois orifícios nesse bico, um que fica dentro da garrafa (orifício interno) e o outro que fica fora (orifício externo). A dilatação equivale ao diâmetro do orifício externo e o esvaecimento é a distância entre o orifício interno e o orifício externo. No início do trabalho de parto essa distância é grande por isso dizemos que o colo está grosso, com o avanço do trabalho de parto a distância irá diminuindo gradativamente até o momento em que não conseguimos mais perceber o orifício interno, o que denominamos de colo fino. A imagem abaixo ilustra bem isso:


Bom, sabendo em que consiste o trabalho de parto é importante compreender como ocorre cada fase que levará por fim o nascimento do bebê. Só assim você conseguirá perceber os sinais que o corpo irá te mostrar e então ter certeza de que a hora P está chegando. 

- Fases do Trabalho de Parto

Fase latente: ocorre o amadurecimento do colo, a dilatação é lenta, as contrações surgem com intervalos de 20 a 10 minutos, duram cerca de 30 segundos e são na maior parte das vezes indolores. Não é o momento de ir à maternidade ou casa de parto, aproveite esse período para descansar e avise sua doula e/ou parteira.

Fase ativa: a dilatação aumenta progressivamente, as contrações surgem com intervalos cada vez menores e durando cerca de 60 segundos. Essa é a fase ideal para se movimentar com caminhadas, exercícios de bola e agachamento, banhos quentes e dança; a massagem é um importante aliado para o alívio da dor. A presença da doula e do acompanhante de sua escolha é fundamental nesse período. 

Transição: as contrações ficam cada vez mais próximas, com intervalos que podem chegar a um ou dois minutos. Muitas mulheres classificam esse período como o mais difícil e doloroso, algumas chegam a duvidar da sua capacidade de parir e pedem por uma cesariana. Porém a parte boa é que está muito muito muito muito perto do seu bebê nascer, tente se lembrar disso e crie forças para esse final de trabalho de parto. Medidas de conforto e alívio da dor são indispensáveis durante a fase de transição.

Expulsivo: ele se inicia com a dilatação total e presença de puxos. Pode durar desde alguns minutos até horas. A natureza é tão perfeita que nesse momento as gestantes se tornam mais lúcidas e poderosas, são capazes de instintivamente escolherem a melhor posição para parirem. Você irá sentir uma vontade incontrolável de fazer força durante as contrações, no intervalo entre elas lembre-se de respirar lentamente. 

Algumas mulheres sentem dúvidas entre a fase latente e a ativa, por isso acabam indo precocemente a maternidade ou a casa de parto, então vai uma dica de parteira:
Quando perceber a presença de contrações, a primeira coisa a se fazer é contar no relógio por uma hora qual o intervalo entre elas e perceber se esse intervalo se mantém. Geralmente as contrações de trabalho de parto começam a cada 20 minutos, depois a cada 10 minutos e assim sucessivamente. Se elas não estiverem ritmadas é um alarme falso, o melhor é tentar relaxar e segurar a ansiedade.

Se estiverem ritmadas avise sua doula, caso tenha uma, e tome um banho bem quente e relaxante, depois cronometre no relógio novamente, se elas ficarem mais espaçadas, irregulares ou simplesmente sumirem, de novo é um alarme falso. Caso elas se mantenham com a mesma frequência ou até se intensificarem é um real trabalho de parto.

                                                                                                                  Bom parto! 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Métodos anticoncepcionais - se prevenindo no pós-parto.

                Logo após a alta da maternidade muitas mulheres ficam preocupadas com a possibilidade de gravidez seguida, e é extremamente comum recebermos dúvidas em relação aos métodos anticoncepcionais no pós-parto. Vamos, então, conhecer nossas possibilidades:

               1. Método LAM (Método da amenorréia da lactação)

               Esse nome estranho significa: evitar uma nova gestação por meio da amamentação. Esse método pode ser utilizado durante os seis primeiros meses após o parto. Nesse período a fertilidade da mulher estará diminuída caso ela não apresente menstruação e pratique a amamentação exclusiva e à livre demanda, ou seja, amamente conforme necessidade do bebê, sem hora marcada, e sem introdução de outro alimentos, como água ou chás. A amamentação exclusiva nos seis primeiros meses previne uma nova gravidez pois a frequente sucção dos mamilos pelo bebê interfere na produção hormonal da mulher, impossibilitando a ovulação. Mas, se o bebê recebe qualquer outro tipo de alimento, inclusive água, ou a menstruação voltar, a proteção oferecida pela amamentação estará comprometida. Segundo o Ministério da Saúde, com a utilização correta desse método, a taxa de falha é de apenas 0,5 a 2 gravidezes por cada 100 mulheres, ou 0,5% a 2% de falha, número muito menor do que a taxa de falha do preservativo masculino (3 a 14 gravidezes por 100 mulheres ou 3% a 14% de falha), por exemplo.

         Quando o efeito inibidor da ovulação por meio da amamentação se torna ineficiente, seja por introdução de outros alimentos ao bebê, seja por retorno da menstruação, é necessário iniciar outro método de proteção.

             2. Métodos não hormonais

            São meios de prevenir a gravidez não planejada sem a utilização de hormônios (pílulas ou injeção). Um dos métodos não hormonais que podemos utilizar no pós-parto é o DIU (Dispositivo Intra-Uterino) (Figura), que possui formato de “T”. Esse dispositivo é introduzido no útero e impede a fecundação, ou seja, o encontro do espermatozóide e óvulo. Normalmente o DIU pode ser inserido logo após o parto ou a partir de 4 semanas pós-parto. Outro método não hormonal clássico que podemos utilizar nessa fase é o método de barreira, ou seja, a camisinha (masculina ou feminina).

Figura: DIU. Aparelho genital feminino com DIU inserido no útero.

                     3. Métodos hormonais

               A utilização de anticoncepcionais hormonais pode ser iniciada após 6 semanas pós-parto, porém devemos tomar alguns cuidados. Durante a fase de amamentação, os anticoncepcionais que contém estrógenos não podem ser utilizados, pois esse hormônio diminui a produção e qualidade do leite materno e pode afetar a saúde do bebê. Por isso, durante essa fase nossas opções são os anticoncepcionais orais só de progesterona (chamados de minipípula) ou o anticoncepcional injetável trimestral. Fiquem longe dos anticoncepcionais orais combinados e dos injetáveis mensais e não se automediquem. Em muitas bulas de anticoncepcionais vocês irão encontrar apenas o nome sintético dos hormônios, o que pode induzir a um erro comum de achar que o anticoncepcional não possui estrógenos.

                     4. Métodos comportamentais

              Os chamados métodos comportamentais são a tabelinha, muco cervical, entre outros. Esses métodos só poderão ser utilizados após o retorno e regularização do ciclo menstrual.

             A consulta pós-parto é o momento ideal para discutir com o profissional o método anticoncepcional mais adequado para sua rotina. Nós, da equipe Jesthar, também estamos à disposição para maiores informações. Contem conosco!

                                       

Bibliografia:
  1. Ministério da Saúde (2006). Manual Técnico Pré-Natal e Puerpério.
  2. Ministério da Saúde (2002). Manual Técnico Assistência em Planejamento Familiar.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Plano de Parto

Muito se fala nos grupos de gestação e parto sobre o assunto, mas afinal qual a importância do plano de parto?


O Brasil é o país campeão de cesáreas, além disso a maioria dos partos normais hospitalares são totalmente intervencionistas, cercado de violência obstétrica e procedimentos desnecessários. Nesse contexto surge o plano de parto, com a função de tornar formal todos os desejos do casal com relação ao nascimento, e além disso gerar uma reflexão pessoal sobre como será essa experiência e que tipo de parto você deseja para si mesma.
      
Assim como planejamos coisas simples e pequenas durante o nosso dia-a-dia é muito impo rtante pensar em um plano de parto, isso ajuda a tomar decisões mais conscientes e a procurar o caminho certo para conseguir parir de forma digna e respeitosa.
        
O plano de parto também é uma boa forma de testar o profissional que irá acompanhar seu parto, questione ele durante uma consulta, se ele se recusar a ler o documento ou assiná-lo CUIDADO! Você pode estar lidando com um cesarista nato.

Semana passada saiu uma reportagem no site do UOL Mulher (para acessar a matéria clique aqui), onde a Obstetra Flávia Fairbanks se diz contra ao plano de parto, segundo ela esse tipo de ação tira a liberdade do profissional, afinal quem toma a decisão final é sempre o médico.
       
Com base nisso me pergunto: quem precisa de liberdade durante o trabalho de parto e parto é o profissional ou a parturiente? Será que o médico é tão soberano que não se dá ao trabalho de saber qual é o desejo daquela gestante? A opinião médica é tão absoluta que não se pode discutir sobre o assunto? Buscar outras alternativas?
       
Se o mundo continuar pensando somente nos seus valores enquanto profissional, se esquecendo que a mulher tem voz, tem autonomia, que pode sim se informar e querer um parto da maneira como planejou e o mais importante disso: que o nascimento é um processo NATURAL, repitam comigo: NA-TU-RAL, a realidade obstétrica nunca vai mudar.
       
Por isso, se empoderem, façam seu plano de parto e coloquem nele todos os seus desejos, essa é a melhor forma de dizer ao mundo: "eu me informei e sei que posso parir respeitosamente!"

Precisa de ajudar para elaborar o seu plano de parto? Fale com o Jesthar.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Um amor em “Si” maior.





              Há alguns dias, estava eu voltando para casa em um ônibus superlotado, como não poderia ser diferente em São Paulo, e me deparei com uma gestante passando a mão em sua barriga e conversando com o seu bebê, a qual - ao terminar o assunto da discussão do enxoval com ele - começou a cantar, bem baixinho, músicas direcionadas ao filho.  Obviamente, alguém lançou um: “Eu hein, parece doida, falando com uma barriga e cantando ainda como se a criança entendesse o que é música”. Por isso decidi escrever este post explicando um pouco sobre relação música-feto para que todas saiam cantando por aí sabendo o quanto estarão se beneficiando com isso.
               
                O sistema auditivo dos fetos começa a se formar bem cedo, ainda na 15° semana de gestação, porém se torna funcional em torno de 25° e 29° semanas. A partir deste período, sons intensos são capazes de resultar em mudanças nos batimentos cardíacos, pressão sanguínea, respiração entre outros aspectos no feto. Os seres humanos são capazes de ouvir uma variedade de sons três meses antes de nascer, o sistema auditivo continua a amadurecer nas semanas que antecedem o nascimento e a se desenvolver nos primeiros anos de vida. Ainda dentro da barriga, o bebê é capaz de conhecer a voz materna, músicas e sons comuns ao ambiente.
                No 5° mês de gestação as vias auditivas já estão maturadas, possibilitando que o bebê apresente reações aos sons e para o melhor desenvolvimento deste sentido devemos estimulá-lo desde então. Uma pesquisa realizada na Universidade da Carolina do Norte mostrou que bebês guardam em sua memória músicas e histórias que foram repetidas nos últimos três meses de gestação, além de diferenciarem a voz materna da de outras mulheres.
                Com isso é possível reafirmar que o vínculo entre mãe e bebê pode ser iniciado muito antes de se conhecerem pessoalmente. Uma pesquisadora de Canto Popular no Brasil afirmou, através de suas pesquisas, que enquanto a mãe ouve música a atividade cerebral fetal aumenta e o vínculo entre mãe e bebê se fortalece. Além disto, a frequência da música faz o bebê reconhecê-la após o nascimento, o que o faz lembrar-se do útero e se sentir mais seguro.
                Mas a música não é boa só na gestação, ela ainda pode ajudar muito durante o trabalho de parto e parto, uma por auxiliar no relaxamento da mãe, criando um ambiente confortável para ela e outro por mostrar ao bebê que ele está no mesmo ambiente que esteve durante a gestação. Além disto, cantar faz com que haja liberação de endorfina, o anestésico natural do corpo, daí a importância da música ser de escolha da gestante, para que ela possa entrar nesta sintonia também. Uma pesquisa publicada na Revista de Enfermagem da USP mostrou que mulheres que tiveram a gestação e o trabalho de parto acompanhado por música apresentaram melhores resultados no que se refere ao: peso ao nascer e Apgar, sendo maior nos bebês cujas mães ouviram música de forma constante durante a gestação. Neste estudo o depoimento das mulheres foi coletado e, em geral, se concentravam na questão do sentimento de segurança, de relaxamento e calma, como o seguinte:
“...eu tive a oportunidade de ter a música, o médico, meu marido,... (risos) tudo na mesma sala, no mesmo quarto. Então ... eu me senti supersegura.”

                Ainda neste mesmo estudo, os bebês foram acompanhados ao som de música por certo período do seu desenvolvimento e as mães relataram que diante a dor e desconforto os bebês se acalmavam ao ouvir música, principalmente aquelas as quais foram submetidos durante a gestação, trabalho de parto e parto.
                Sem dúvida a música, como tudo o que deixa a mulher calma, é uma grande aliada para o relaxamento durante o trabalho de parto e parto, além de uma enorme aliada para o vínculo entre mãe e bebê.
                Então, de agora em diante, fique ainda mais tranquila para conversar com o seu bebê e cantar para ele onde quer que esteja afinal este vínculo pertence a vocês tão somente e ache estranho quem quiser ninguém além de você pode entender mais sobre o que é cantar “Um amor em Si maior”.

“Que a minha loucura seja perdoada. Pois metade de mim é amor e a outra metade também”. (Oswaldo Montenegro).


CARDOSO A.C.V. Reflexões sobre o desenvolvimento auditivo. Verba Volante. Vol 4, n°1. 2013. Disponível em: http://letras.ufpel.edu.br/verbavolant/sexto/archivos_sexto13/cardoso.pdf.
LINDNER L.B. O feto como ser ouvinte. CEFAC – Centro de Especialização em Fonoaudiologia Clínica. Porto Alegre, 1999. Disponível em: http://www.cefac.br/library/teses/9a11156fd396244a7685611978945461.pdf.
STAHLSCHMIDT A.P.M.  A Canção do Desejo: Da voz materna ao brincar com os sons, a função da música na estruturação psíquica do bebê e sua constituição como sujeito.Tese de Doutorado. Faculdade de Educação – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2002. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/77968/000370972.pdf?sequence=1
TABARRO C.S; CAMPOS L.B;GALLI N.O; NOVO N.F e PEREIRA V.M. Efeito da Música do Trabalho de Parto e no Recém-nascido. Revista da Escola de Enfermagem da USP. São Paulo, 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n2/29.pdf>.

Por: Susana Souza Santos, Obstetriz pela Universidade de São Paulo. Ativista pelo Parto Normal e pelo Acesso ao Parto Digno para toda a população.