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após a alta da maternidade muitas mulheres ficam preocupadas com a
possibilidade de gravidez seguida, e é extremamente comum recebermos dúvidas em
relação aos métodos anticoncepcionais no pós-parto. Vamos, então, conhecer
nossas possibilidades:
1. Método LAM (Método da amenorréia da lactação)
Esse
nome estranho significa: evitar uma nova gestação por meio da amamentação. Esse
método pode ser utilizado durante os seis primeiros meses após o parto. Nesse
período a fertilidade da mulher estará diminuída caso ela não apresente menstruação
e pratique a amamentação exclusiva e à livre demanda, ou seja, amamente
conforme necessidade do bebê, sem hora marcada, e sem introdução de outro alimentos, como água ou
chás. A amamentação exclusiva nos seis primeiros meses previne uma nova
gravidez pois a frequente sucção dos mamilos pelo bebê interfere na produção
hormonal da mulher, impossibilitando a ovulação. Mas, se o bebê recebe
qualquer outro tipo de alimento, inclusive água, ou a menstruação voltar, a
proteção oferecida pela amamentação estará comprometida. Segundo o Ministério
da Saúde, com a utilização correta desse método, a taxa de falha é de apenas
0,5 a 2 gravidezes por cada 100 mulheres, ou 0,5% a 2% de falha, número muito
menor do que a taxa de falha do preservativo masculino (3 a 14 gravidezes por
100 mulheres ou 3% a 14% de falha), por exemplo.
Quando
o efeito inibidor da ovulação por meio da amamentação se torna ineficiente,
seja por introdução de outros alimentos ao bebê, seja por retorno da
menstruação, é necessário iniciar outro método de proteção.
2. Métodos não hormonais
São
meios de prevenir a gravidez não planejada sem a utilização de hormônios (pílulas
ou injeção). Um dos métodos não hormonais que podemos utilizar no pós-parto é o
DIU (Dispositivo Intra-Uterino) (Figura),
que possui formato de “T”. Esse dispositivo é introduzido no útero e impede a
fecundação, ou seja, o encontro do espermatozóide e óvulo. Normalmente o DIU
pode ser inserido logo após o parto ou a partir de 4 semanas pós-parto. Outro
método não hormonal clássico que podemos utilizar nessa fase é o método de
barreira, ou seja, a camisinha (masculina ou feminina).
A
utilização de anticoncepcionais hormonais pode ser iniciada após 6 semanas
pós-parto, porém devemos tomar alguns cuidados. Durante a fase de amamentação,
os anticoncepcionais que contém estrógenos não podem ser utilizados, pois esse
hormônio diminui a produção e qualidade do leite materno e pode afetar a saúde
do bebê. Por isso, durante essa fase nossas opções são os anticoncepcionais
orais só de progesterona (chamados de minipípula) ou o anticoncepcional injetável
trimestral. Fiquem longe dos anticoncepcionais orais combinados e dos
injetáveis mensais e não se automediquem. Em muitas bulas de anticoncepcionais
vocês irão encontrar apenas o nome sintético dos hormônios, o que pode induzir
a um erro comum de achar que o anticoncepcional não possui estrógenos.
4. Métodos comportamentais
Os
chamados métodos comportamentais são a tabelinha, muco cervical, entre outros.
Esses métodos só poderão ser utilizados após o retorno e regularização do ciclo
menstrual.
A
consulta pós-parto é o momento ideal para discutir com o profissional o método anticoncepcional mais adequado para sua rotina. Nós, da equipe Jesthar, também estamos à
disposição para maiores informações. Contem conosco!
Bibliografia:
- Ministério da Saúde (2006). Manual Técnico Pré-Natal e Puerpério.
- Ministério da Saúde (2002). Manual Técnico Assistência em Planejamento Familiar.